11 agosto 2011

É noite de lua cheia , um dia de imenso calor. Estou sentada à janela com uma bola de pêlo preta no colo.
Fico a olhar para contemplar as estrelas, a luz,a lua e aquela brisa da noite. Não sei que horas são, provavelmente já passa da meia noite e cá estou eu a observar tudo o que me rodeia. Ouvem-se cigarras a cantar lá algures, no inalcançável ouve-se ladrar de cães.

A minha bola de pêlo está a dormir, eu, pura e simplesmente não tenho sono. A rua está silenciosa, a minha mente não.
Há um pressentimento dentro de mim, que o dia de amanhã vai ser bom, mas não faço sequer a mínima ideia porquê.
Neste silêncio enorme, assusto.me bruscamente com o passar de um carro.Na minha cabeça surge um "flashback"  de momentos, palavras, gestos e sorrisos que já se passaram e nunca mais os irei ver, surgem datas, lugares e até horas.
A minha vida está suspensa, uma parte de mim ainda o ama e não o quer esquecer, a outra parte quer tentar esquecê-lo, basicamente, já nem sabe se realmente o ama.
Alguns fantasmas do passado surgem na minha memória. Ouve-se muito longinquamente as gaivotas a caminho de casa.
Mais uma vez, olho pela janela, vejo a lua e volto a escrever. O silêncio da noite acalma a minha mente. Tenho saudades dos meus amigos, quero voltar para eles. Este verão foi do pior que já tive. Lá no fundo, quero que as aulas comecem para estar com eles.

Levanto-me, pouso a caneta e fecho a janela. Pego na folha e vejo que enchi uma página inteira com estas palavras.
Já é tarde, apago a luz, deito-me na cama, fecho os olhos para pensar, e espero que adormeça... 
                                                            uma noite,

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